Em algum momento você já ouviu falar ou já conhece o conceito de Metaverso.
A palavra refere-se a um mundo virtual no qual é possível fazer as mesmas coisas que são realizadas no mundo real, como trabalhar, estudar, visitar lugares comuns ou inusitados, encontrar amigos.
Para aproximar a experiência no metaverso com a realidade, pode-se lançar mão de óculos de realidade aumentada, luvas ou mesmo macacões sensoriais.
Resumindo: o metaverso é a união das realidades aumentada e virtual, promovendo a mistura do mundo digital com o material, em tempo real.
Alguns videogames online já oferecem ambientes virtuais nos quais, além de jogar, é possível interagir com outros jogadores, socializar ou assistir a shows, por exemplo. Os usuários, em geral, sempre são representados por avatares.
Ocorre que plataformas desse tipo ainda não estão popularizadas, ou seja, não são acessíveis e nem intuitivas o bastante, a ponto de abarcar públicos de todas as classes sociais ou faixas etárias.
No ano passado, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, afirmou que nos próximos cinco ou 10 anos, muitas pessoas estarão criando e habitando mundos digitais tão detalhados e convincentes como o mundo real.
E a educação, como será impactada pelo metaverso?
Redes, instituições de ensino e startups voltadas à educação já exploram o universo virtual há tempos, umas mais outras menos, mas há tempos: robótica, games e realidade aumentada circulam entre estudantes e docentes em muitas escolas. Mas ainda nada similar ao metaverso.
No entanto, dá para imaginar algumas aplicações do metaverso na escola. Por exemplo, estudantes sendo conduzidos pela floresta amazônica, explorando a mata, bioma, fauna, flora, observando detalhes, com a nítida sensação de estarem em uma viagem real, sem saírem da sala de aula.
Parece filme de ficção científica, mas não é. Trata-se de um futuro muito próximo.
E pode-se dizer que a pandemia de Covid-19 acelerou a imersão de todos os segmentos da sociedade, inclusive o da educação, na tecnologia.
Prova disso é que no retorno às aulas presenciais, o mercado experimenta novos formatos e modelos de ensino.
O metaverso já está enfronhado em áreas como a econômica, tecnológica, e da saúde. Atentos, gestores escolares e educadores já entenderam que as novidades que estão chegando não ficarão apartadas do ensino.
Uma escola no metaverso poderia receber as famílias com mais facilidade, pois pais e responsáveis não precisariam se deslocar até a instituição.
A visita seria mais fácil, até para conhecer as instalações, e todas as dúvidas para fazer a matrícula seriam tiradas ali, no metaverso, em tempo real.
Mas certamente o grande impacto seria na metodologia de ensino e nas novas e mais diversas experiências possíveis durante as aulas.
Na opinião de muitos especialistas em educação, essa possibilidade poderá envolver muito mais os alunos, engajando-os, fortalecendo o foco, melhorando a aprendizagem.
O metaverso favorece o EAD?
No Brasil, segundo a ABRES – Associação Brasileira de Estágios, somente 36% dos alunos que ingressam no ensino superior concluem o curso. Os motivos do abandono, em geral, são falta de motivação ou condições financeiras.
Em contrapartida, o número de estudantes matriculados no ensino EAD aumenta consideravelmente ano a ano, já que essa modalidade oferece flexibilidade no horário e reduz custos.
Países que investem em tecnologia na educação e nessa modalidade de ensino têm baixos índices de evasão no ensino superior. Na Coreia do Sul, cerca de 70% da população entre 25 e 34 anos concluíram a graduação. Em seguida vêm o Japão e Canadá, com 50%, ambas as nações referências em uso da tecnologia em educação com sucesso no processo de ensino e de aprendizagem.
O metaverso bem direcionado e aplicado pode ser aliado, também, do desenvolvimento de habilidades solicitadas pelo século XXI. Com aulas mais dinâmicas e engajadoras, o aluno sente-se mais motivado, aumentando seu foco no conteúdo.
Desafios na educação com o metaverso
Com essa realidade se aproximando, muito precisará ser adequado para que o metaverso funcione na educação:
– Como será a estrutura das escolas? Ensino híbrido será favorecido?
– Como o corpo docente será preparado para utilizá-lo?
– E a adaptação das aulas, metodologia, atividades, à essa nova demanda?
E há ainda a questão macro das desigualdades sociais e de aprendizagem no Brasil:
– Todas as escolas terão a possibilidade de aderir ao metaverso, a favor do processo de aprendizagem?
É hora de pensar nas soluções para esses e vários outros desafios que se apresentam com a mistura dos mundos digital e real.
E você, o que pensa do metaverso na educação e na sua vida?
Apenas como informação para quem acha que o metaverso é apenas uma conversa: um casamento já foi realizado neste mundo digital!
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