Que tal aproveitar as férias e também a necessidade de isolamento social por causa da pandemia para colocar a leitura em dia?
Ler faz muito bem!!! Não apenas para ampliar horizontes e melhorar muito o vocabulário, mas por vários outros motivos como conhecer outras culturas e épocas da história, estimular a criatividade, melhorar o funcionamento do cérebro, aguçar o senso crítico, provocar empatia, levar a reflexões sobre temas diversos e organização da sociedade.
Por meio da leitura, é possível unir dois polos relevantes para a formação cognitiva de qualquer jovem: o lazer e o conhecimento. Com as redes sociais digitais, videogames e uso absoluto dos smartphones, boa parte acaba deixando a leitura de lado.
Então fazemos o convite: que tal se deixar envolver pela magia da leitura nessas férias?
Para dar uma forcinha, segue lista de livros bastante interessantes que, certamente, irão fazer os adolescentes gostarem muito de ler:
Maus – a história de um sobrevivente (Editora Companhia das Letras)
História em Quadrinhos bastante criativa que relata a história de um sobrevivente do extermínio nazista por meio da alegoria de gatos (nazistas) e ratos (judeus). O livro propõe reflexão sobre o Holocausto e é estopim para outras leituras do gênero, como O Diário de Anne Frank e O Menino do Pijama Listrado, além de fazer um diálogo com outras formas de preconceito e discursos de ódio na atualidade.
A hora da estrela, de Clarice Lispector (Editora Rocco)
Conta a história de Macabéa: nordestina, pobre, fora do padrão de beleza, sem perspectiva, carente de afeto e de valores materiais, o retrato da invisibilidade social brasileira. A história faz convite a uma reflexão por meio da abordagem de problemas sociais do nosso país, como a desigualdade e a falta de empatia.
A Ocupação, de Julián Fuks (Editora Companhia das Letras)
Por meio de três eixos, esse romance cria, através do narrador, uma reflexão sobre a vida familiar, a relação paterna e com os sem-teto que ocupam um hotel em São Paulo.
1984, de George Orwell (Editora Companhia das Letras)
Sensacional! Winston vive aprisionado em uma sociedade dominada pelo Estado. Essa relação de poder estatal é verificada no controle da sociedade e na própria vida do personagem, que trabalha com a falsificação de registros históricos e a divulgação de “fake news”. Trata-se de um livro atual e fundamental para o debate sobre democracia.
A Menina Que Roubava Livros, Markus Zusak
Uma deliciosa história que envolve a garota Liesel Meminger que, depois de uma série de eventos trágicos, vai morar com uma família adotiva em meio à Alemanha nazista. Narrada pela própria morte, esse é daqueles cativantes livros que queremos sempre ler novamente.
Don Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes (Editora do Brasil )
Quem nunca ouviu falar de Dom Quixote? O imaginário Quixotesco é repleto de fantasia e é um convite – em meio a moinhos de ventos, rebanhos e elmo de glórias – para a imaginação. Com ideais de justiça, luta, liberdade e dignidade, Dom Quixote mergulha em um universo de autoconhecimento para fazermos uma busca reflexiva pela perseverança em nossos sonhos.
O livro dos Ressiginificados, de João Doerdelein (Editora Paralela)
A narrativa conduz a uma viagem ao jardim, ao zodíaco, à mente, à cidade, e às histórias afetivas do coração. Conduz o leitor a um processo de transfiguração por meio de reflexões sobre palavras presentes no cotidiano.
Quem é você, Alasca?, de John Green
O autor que conquistou milhões de fãs no mundo com “A Culpa é das Estrelas” volta neste romance que envolve um pouco de filosofia, história e, como não poderia deixar de ser, dramas adolescentes. É um livro inteligente e com um senso de humor maravilhoso.
Páginas sem glória, de Sérgio Sant’Anna (Editora Companhia das Letras)
Treze contos de um dos maiores especialistas no gênero no século 20. Traz histórias instigantes que fazem o leitor refletir sobre os dilemas humanos e sobre seu estar cotidiano em que o sonho de glória se esfacela.
Pó de parede, de Carol Bensimon (Não Editora)
Três novelas curtas que se passam em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, nas quais o ponto focal é a formação dos anos 60 e 70 e o conflito que se dá na idade adulta com os pais. O livro traz questões que como uma geração se criou e amadureceu.
Sonhos em tempos de guerra, de Ngūgī Da Thiong’o (Editora Biblioteca Azul)
Divertido, tenso e didático relato da formação da consciência étnica e política da construção da africanidade frente ao mundo colonialista.
Machamba, de Gisele Mirabai (Editora Nova Fronteira)
A narrativa constrói, através da interdição familiar, uma ponte na qual a personagem ganha o mundo e como são construídas as relações de tempo e espaço.
Gostou da lista?
Tem outras indicações para compartilhar conosco e com os nossos leitores?
Coloque sua lista e faça comentários aqui nas nossas redes sociais digitais, vamos adorar trocar ideias!