O Brasil foi o país que apresentou o pior desempenho na capacidade de identificar notícias falsas: apenas 54% dos brasileiros conseguiram distinguir conteúdos verdadeiros de falsos, ficando abaixo da média global de 60%.
O dado é da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), por meio do ‘Questionário da Verdade’ que contou com a participação de mais de 40 mil pessoas em 21 países, neste ano.
A Finlândia se destaca como a nação com maior habilidade em identificar notícias falsas, com 66% de acertos na análise do conteúdo.
Segundo a OCDE, as redes sociais digitais são o ambiente no qual as pessoas apresentam maior dificuldade em discernir o que é verdadeiro ou falso.
Infelizmente, 85% dos brasileiros se informam por meio dessas plataformas. Em contrapartida, apenas 30% da população do Japão, da Alemanha, do Reino Unido e da Finlândia buscam informações nessas fontes.
E atente: entre os participantes que demonstraram maior confiança nas redes sociais, o desempenho na identificação de fake news foi ainda mais baixo, com média inferior a 10% nos 21 países analisados.
Educação midiática como ferramenta contra a desinformação
Diante dos resultados, especialmente no Brasil, a necessidade de educação midiática se torna ainda mais evidente, a fim de capacitar os indivíduos a analisarem criticamente as informações que consomem, principalmente no ambiente online, combatendo a proliferação de notícias falsas e promovendo uma sociedade mais informada e engajada.
Medidas urgentes para combater a desinformação no Brasil
A educação midiática precisa ser inserida em todos os níveis de ensino, desde a educação básica até a universidade. Além disso, campanhas de conscientização e iniciativas que incentivem o pensamento crítico e a verificação de fontes de informação também são essenciais para combater a desinformação e fortalecer a democracia no país.
Fontes: OCDE e Snaq
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